1.5.11

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"The length of your recovery is determined by the extent of your injuries. And it's not always successful. No matter how hard we work at it. Some wounds might never fully heal. You might have to adjust to a whole new way of living. (...) Things may have changed too radically to ever go back to what they were. You might not even recognize yourself. It's like you haven't recovered anything at all. You're a whole new person with a whole new life."

11.4.11

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Questiono-me constantemente se percebes que as lembranças dos momentos que passámos me perseguem todos os dias, mesmo apesar do tempo que passou? Cada pequeno momento em que olho para ti vejo tudo o que poderia ser e simplesmente não te consigo dizer nada. Não consigo voltar a falar contigo normalmente nem sequer perguntar-te como estás. Mas se pensas que não falo contigo por vontade própria enganas-te. Acredita que, acima de tudo, o que mais queria era manter-te como amigo, mas o facto ser acometida por uma inexplicável falta de palavras sempre que te vejo impede isso. E sim, é isso que me mata todos os dias.

I see your hair is burnin'. Hills are filled with fire. If they say I never loved you,You know they are a liar.

O cansaço está a apoderar-se lentamente de mim. Já não consigo pensar nem sentir mais. Estou cansada de fingir que não se passa nada. Eu sei! Talvez me esteja a tornar numa pessoa falsa e amarga, mas também já não sei mais quem sou. (E será que quero saber quem é esta pessoa em que me estou a tornar?)

Já não sei  se tenho mais forças para esboçar um sorriso e rir-me na altura certa ou para falar quando as palavras não aparecem. E, acima de tudo, não sei se quando me voltar a cruzar inesperadamente contigo vou conseguir dirigir-te um "olá" como se nada se passasse. Será que fazes ideia do quão é difícil me é proferir essa simples palavra e ver-te aparecer assim? Ou sequer do esforço que exigem os sorrisos forçados depois de te afastares? Não é que me sinta contente ou orgulhosa de representar este papel inútil, mas já não suporto responder novamente às perguntas preocupadas preocupadas e habituais "Estás bem?" ou "O que é que tens?". 
Não quero responder mais a essas perguntas. Não quando tudo o que precisava neste momento era que te sentasses ao meu lado sem proferir uma única palavra, sem perguntas já desgastadas, para que no silêncio do teu olhar percebesse que tu me percebias.

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Preciso de escrever...
Preciso de voltar a escrever mesmo quando as palavras desenhadas no papel parecem cravar-se dolorosamente no meu corpo, agitando-se dramaticamente sob o meu olhar. Tenho de continuar, ainda que cada palavra arraste consigo lágrimas guardadas que resistem a cair.

6.1.11

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How I needed you
How I grieve, now you're gone
In my dreams I see you
I awake so alone

I know you didn't want to leave
Your heart yearned to stay
But the strength I always loved in you
Finally gave way

Somehow I knew you would leave me this way
Somehow I knew you could never never stay
And in the early morning light
After a silent peaceful night
You took my heart away
And my being

In my dreams I can see you
I can tell you how I feel
In my dreams I can hold you
And it feels so real

I still feel the pain
I still feel your love
I still feel the pain
I still feel your love

And somehow I knew you could never never stay
And somehow I knew you would leave me
And in the early morning light
After a silent peaceful night
You took my heart away
oh I wish, I wish you could have stayed

12.9.10

Palavras surdas... Olhares cegos... Gestos estáticos..



Perco-me na imensidão das palavras que, apesar de infinita, me limita. Assim, apenas construo um ténue esboço formado pelas simples palavras que emergem dos meus pensamentos voláteis e que assolam a minha mente confusamente confusa. Estas frágeis palavras perdem-se num amontoado metafísico de questões ainda por responder. Vagueiam lenta e livremente em direcção ao infinito para não mais serem alcançadas, detentoras da sua irracional liberdade. Não as alcanço pois o perigo que lhes é inerente me perturba. Não a sua essência pura mas sim a sua finalidade e contextos. Ou será somente medo das palavras que poderei ouvir em retorno ou da mudança que delas poderá advir?
Indubitavelmente, o presente (e o futuro) são sinónimo de mudança. Sei que se aproximam inúmeras mudanças inevitáveis. Aliás, já começaram a insinuar-se lentamente na minha mente, nos meus gestos e nos meus pensamentos e sei que é impossível esconder-me de tudo isso. Mas há uma duvida que se sobrepõe a todas as outras: será que esta na altura de dizer as palavras que não ousei dizer? Sei que nada poderá compensar o tempo perdido mas será esta a altura certa para expressar as palavras e lágrimas estupidamente guardadas, as histórias, lembranças e recordações do passado? Ou não existem alturas certas e andei enganada, inutilmente, à espera que surgisse esse momento?  Talvez seja mais acertado dizer apenas adeus... Mas será que consigo ver-te partir em silêncio sem dizer as palavras que guardei inutilmente para mim e que tu parecias querer ouvir? Não...     Não suporto mais esse silêncio preenchido por palavras que quero que oiças e que não consigo dizer. Porque sei que o silêncio mais amargo é o das palavras que nunca foram proferidas.

Futuros adiados, desencontros e despedidas

        
 E agora? 

O que acontece quando tudo o que investiste para concretizar os teus sonhos e ambições se desvanece subitamente no ar e descobres que todo o trabalho e esforço dedicado foi em vão? E todas as pessoas que sei que me podem ajudar a  ultrapassar tudo vão partir em breve... para longe. Para mais longe do que eu posso suportar. Como é que vou enfrentar este novo dia-a-dia rotineiro e entediante povoado com os mesmos rostos vazios e inexpressivos, sabendo que não vou poder encontrar o meu velho refúgio na protecção dos teus braços e na tranquilidade do teu olhar? 
Tenho por perdido o que julgava certo e o futuro por nós idealizado já é passado, porque sempre quisemos acreditar que íamos caminhar lado a lado neste trilho incerto da vida, nesta fase de transição para o futuro. Mas há caminhantes e caminhos, aspirações e aspirantes, lances de azares e outros de sortes. E no final todos os planos inocentemente pensados não são mais do que um rasto luminoso no horizonte, um simples vestígio  do que poderia ter sido. 
E porquê? Porque é que insisto em deixar ser apanhada neste emaranhado intrincado de planos ousados e aspirações infundadas? Porque é que continuo a perseguir estas ilusões idiotas que inconscientemente sei que nunca serão realidade? Não consigo compreender... E agora este futuro, aparentemente distante, deixou de o ser para inevitalmente se tornar no presente.O tempo abateu-se cruelmente sobre mim, deixando-me  impotentemente a caminhar em círculos e obrigando-me a observar todos os outros partir. 
Talvez para o ano possa ser eu percorrer esses novos caminhos... Talvez...

foto: http://www.flickr.com/photos/88954196@N00/2632215226/